Não me encontras?
É que não me procuraste!…
Procura-me atrás de tua sombra,
ou na retina de teus olhos claros.
Procura-me entre teus dedos,
ou em tua boca de sândalo.
Eu sou um sopro vivo
à tua vida arraigado.
Procura-me em teu quarto
entre teu sonho alado,
ou pela via rubra
daquele amor distante.
Por cima de teu orgulho,
nas flores azuis dos campos.
Eu estou dentro de ti
como um amor lacrado.
Que não me encontras, tu dizes?
Quando é em tu própria vida
que me perco…
É que não me procuraste!